Bom Dia, Tao!

o curso “BOM DIA, TAO!” integra I CHING, FILOSOFIA, ARTE DA GUERRA, TAI CHI e CHI KUN

Debora Dines Jornalista aluna do “BOM DIA, TAO!”

Foi mera circunstância e disponibilidade que me levaram a freqüentar o curso Bom Dia, Tao. Acreditava dispor de um “kit básico” para me manter no caminho: leitura constante do Tao Te Ching, e anos de consulta ao I Ching, devidamente registrada.

Mas, desde que começara a assistir às palestras das terças-feiras do Mestre Cherng, sobre Taoísmo e o livro clássico de Lao Tse, percebi que havia ainda muito por aprender. I Ching, Estratégia e Tai Chi Chuan – certamente meu “kit básico” poderia ser em muito melhorando. A turma era diversa e tinha o tamanho ideal, cerca de 15 alunos, “- vim fazer o curso para ganhar outra dimensão no entendimento da Medicina Tradicional Chinesa”, explicou a fisioterapeuta e acupunturista Valeria Aguiar Cunha. Ling Tiene, nascido na Indonésia, outro acupunturista, buscava suas raízes chinesas. Um grupo interessante, e muito interessado.

À frente das aulas, três professores em revezamento: Bruno Kelson com fundamentos teóricos e práticos do Tai Chi Chuan e Chi kun, ensina exercícios de limpeza, troca e captação de energia; Newton Rezende com Estratégia, mostra como se organizar e introduzir os ensinamentos de Sun Tzu na vida profissional e privada, conquistar objetivos e buscar harmonia no conflito; e Oscar Maron com I Ching, detalha os 64 hexagramas e seus elementos, explica o conceito do destino no Taoísmo, as diferentes técnicas de consulta e interpretação (tradicional e Flor de Ameixeira) e, de quebra, responde às consultas oráculos dos alunos em plena aula.

Logo ficou claro como três disciplinas se integram e como é homogêneo e simples o pensamento que origina todo esse conhecimento. O Tai Chi Chuan e a ênfase no alinhamento do corpo com seu eixo, para a fluência dos movimentos, remete à postura necessária a uma boa estratégia – pés firmes no chão e flexibilidade para se adaptar a toda e qualquer situação. Atitude que, por sua vez, é a base dos ensinamentos do I Ching, destilados a cada interpretação de um novo Hexagrama. Assim, as matérias vão se completando. Há sincronização entre os professores, como se na matéria seguinte surgisse a explicação de um tema tratado pelo professor anterior.

“- Tem gosto de quero mais; vou continuar meus estudos nessa linha”, disse a arteterapeuta Sonia Maria Santos Rangel, resumindo um sentimento geral da turma, já na metade do curso. O designer e professor Paulo Vasques de Miranda, que tinha seu primeiro contato com o I Ching, e criou o bordão repetido toda manha (‘tô impressionado!) acrescentou: “- o primeiro ponto positivo do curso é o próprio nome, que sugere o amanhecer de um novo dia e a perspectiva de maior comunhão entre mente e corpo.

Nos movimentos do Tai Chi, aprendendo sobre Estratégia ou descobrindo a lógica do oráculo no I Ching, tenho tido momentos de surpresa, insights e de emoção, que me tem deixado bastante IMPRESSIONADO!”

O interesse de Sandra Maria Guedes de Carvalho crescia em proporção a suas “colas” caprichadas. Primeiro foi um papel pequenino, sempre consultado, com o resumo dos oito trigramas do I Ching, logo substituído por uma folha maior, mais completa. Ao fim do curso, a cola havia se transformado num caderninho sempre em mãos, quase um mini tratado, para ajudar na interpretação.

Certamente conhecer de cor cada hexagrama e cada linha tal como o professor se tornou um objetivo da turma. Sandra buscou o curso para “… sedimentar o conhecimento que já tinha”. Mas o encanto ficou com o I Ching: “Ah, o I Ching – MARAVILHOSO. Cada vez mais as aplicações se fazem presentes nos menores detalhes da vida.”

Acho que todos deixamos transformar – um caminho inevitável dada a simplicidade e coerência apreendida. O I Ching ganhou nova dimensão, com métodos de consulta mais práticos, a interpretação facilitada e os hexagramas racionados em sua perspectiva oracular. A seqüência de Tai Chi Chuan, que antes parecia uma longa e difícil coreografia, teve cada movimento fragmentado e explicado, e se tornou simples. E a Estratégia, palavra que me remetia a um conceito belicoso, foi simplificada, e assimilada – passou a ser simplesmente uma postura para o melhor aproveitamento das oportunidades. “- Com o estudo de Estratégia, comecei a analisar fatos do passado e do presente de minha vida”, conclui a acupunturista Valeria. “- Agora, começo a colocar esses conhecimentos em práticas para orientar minha vida sob esta nova ótica”.

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