Alimentação

por Débora Dines

No verão come-se grande quantidade de alimentos crus, refeições frias e bebidas geladas – tudo para aplacar a sensação de calor. Mas, de acordo com a dieta chinesa, esse tipo de alimentação não refresca de verdade.

O aparelho digestivo funciona como um grande caldeirão que precisa trabalhar a uma temperatura alta. Os alimentos frios produzem no corpo maior quantidade de energia para manter o “caldeirão” na temperatura certa. Com isso, aquecemos o corpo e acabamos sentindo mais calor. Outro erro: nem todos têm a constituição robusta o suficiente para digerir saladas cruas, o que requer mais esforço do organismo e gera mais calor. A alta temperatura ambiente associada a um excesso de alimentos frios enfraquece os órgãos digestivos. Bebidas geladas e sorvetes contraem o estômago e interrompem a digestão.

Comece a observar os efeitos de aquecimento e resfriamento em seu organismo após as refeições e veja como seu corpo reage. Na feira, note quais são os produtos mais abundantes da estação: em geral são os mais adequados. Berinjela, tomate, quiabo – todas as verduras têm a qualidade de refrescar e colorem o verão. Depois de cozinhá-las, tempere com manjericão fresco, que contrabalança o “frio” destes alimentos, ou pitada de cominho, coentro e gengibre – temperos que a princípio elevam a temperatura do corpo, mas depois trazem o calor para a superfície do corpo e o dispersam. O ideal é que os alimentos sejam cozidos no vapor ou refogados com água, com pouca quantidade de sal.

Evite refeições muito fartas e coma menos sementes oleaginosas. E se você ainda não é vegetariano, diminua a quantidade de carnes e ovos, para não se sentir mole depois. Beba chá de menta ou camomila e, no intervalo entre as refeições, tome suco de melancia, verdadeiramente refrescante. Mas lembre-se: sempre tire as frutas da geladeira de véspera para ingeri-las à temperatura ambiente.

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